De que me vale a vida
Sem uma consciência maior
De que tudo nela é melhor
Ainda que aconteça o “pior”?
De que me vale a vida
Se ao menos por um momento
Não vislumbrasse à luz do sentimento
A escuridão dos julgamentos?
Afinal, no verso do Universo dual
O que enxergo por “bem” e por “mal”
Quiçá só seja uma projeção existencial
De algo constante e real?
De que me vale a vida
Se não tivesse a sorte
De “matar” a ilusão da morte
Com a espada do meu ser:
A própria vida, a Consciência do Viver?!
Oh, Vida que me permeia,
Me imana e me transcende,
Me ama e me compreende!
Sinto que o profano e o sagrado
Caminham juntos lado a lado
Rumos em sua direção
Em tal profundidade
Onde só o coração
Alcança o Uno da Verdade
Oh, fonte inesgotável de luz,
De inenterrupta criação, ação e reação,
Fogo permanente de destruição e renovação
Bendita seja, Sol infinito de transformação!
Imagem em ação de cada Imaginação
Sempre além de qualquer definição...
Tão plena que és, que para seu sentido
Não há palavra, pintura ou poema,
Nem tampouco dança, símbolo ou emblema
Pois tudo terá sido coisa pequena
Perante o meu sentimento
Que cultivo a todo momento
De que tudo na Vida vale a pena!
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