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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

AÇÃO DAS TREVAS EM GRUPOS ESPÍRITAS.


Na mensagem abaixo não consta o autor e nem mesmo o Centro Espírita no intuito de preservar sua identidade e, assim sendo, evitar represálias daqueles que não crêem na vida após a morte.
Encaminho a vocês para que repassem àqueles que acreditam e, principalmente, àqueles que fazem algum trabalho em alguma casa espírita.
Infelizmente, muitos de nós acreditamos que pelo simples fato de sermos espíritas as “portas do paraíso” já estão escancaradas (hum....) e deixamos que nosso ego fale mais alto em nossos trabalhos quando deveríamos deixar que apenas o AMOR e a HUMILDADE fossem nosso guia.
Para mim, este e-mail caiu como uma luva!!!!!
Um super abraço e que tenhamos uma semana repleta de paz e de luz!
“Prezados irmãos. Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça no seu amor.
Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes de tudo precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos.

No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, nós publicamos uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e percebemos que há uma grande diferença entre o que nós classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.
Eu estava presente na reunião na qual essa entidade se manifestou.

Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”.
Ele respondeu:  " em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece. Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”.
Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse:  "mas meu irmão, veja bem, isto aqui é um hospital”.
Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto”.
Ela disse: “Sim”.
“Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.
Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”.
O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”.
“Mas o amor não é ladainha meu irmão”.
“Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece.
Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse:
“Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”.
“O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.
COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS ?
Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas além de maldosos são, também, extremamente inteligentes. São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas.
Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.
São os mentores intelectuais de Bin Laden, de Saddam Hussein e de inúmeros outros ditadores que já passaram pelo mundo, porque eles têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles.
Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas. Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal, nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas. Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos. Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita.
Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.
Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”.
O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, você mesmos são obsessores uns dos outros”.

POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS? FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?

No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota. Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior.
Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles. Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós. É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.
E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?
Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio.
Uma Casa Espírita como esta, possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados. Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de energia, e as entidade do mal entram. Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades dos mal já entraram. O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental.
Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores. No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência. Por isso que não podemos nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre arbítrio.

COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?

• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre todos os colaboradores do grupo.
• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência espiritual..
• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.
• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos, para verificar se os três itens anteriores estão realmente acontecendo .
" O mal não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam". Emmanuel

domingo, 17 de julho de 2011

EXERCITANDO A AUTOESTIMA!

(autor: Dr. Mario Sabha Jr.)


De modo geral, ouvimos falar sobre autoestima, mas será que sabemos o que é e como podemos desenvolvê-la? Antes de tudo é essencial definirmos autoestima, pois o conteúdo que aprendemos a respeito é apenas conceitual. Na educação convencional, dificilmente existem orientações efetivas sobre a sua aplicação funcional em nossas vidas. Será que ter autoestima é repetir frases e jargões do tipo: “ame-se, pense positivo!”, “tenha esperança que tudo vai melhorar!”, ou ainda, “eu me amo por isso comprei um carro novo”. Será mesmo que apenas isso resolve as necessidades de alguém com autoestima precária?
A autoestima das pessoas que convivem em uma determinada tribo (país, estado, cidade, grupo), é diretamente proporcional às crenças e conceitos nela enraizadas. Em nosso país, que valores são mais cultuados? O bem estar, a riqueza, o reconhecimento como mérito de quem conquistou seu espaço, ou o sofrimento, as dificuldades, a maldade e as críticas? Como falar de autoestima para quem nem acredita que deve se estimar, apenas por ser quem é? Grande parte das linhas filosóficas diz que merecemos “louros” (congratulações) por estarmos vivos, mas será que nós assimilamos diariamente esta convicção?
Estimar-se é gostar-se, gostar de si mesmo, de aprender novas tarefas, de explorar seus potenciais, de estar em sua própria companhia. A pessoa que se estima, é pró-ativa, gosta do que faz, a cada dia desenvolve mais seus talentos, gosta de viver, se esforça para atingir seus objetivos de maneira pacífica e responsável. Contrariamente às pessoas com autoestima precária, reconhecem seus esforços sem depender da aprovação e apoio alheios, e quando os resultados de seus projetos não são satisfatórios, não culpam as pessoas, o mundo ou o governo por seus desapontamentos, mas se responsabilizam por suas atitudes na vida, e num determinado prazo de tempo reúnem suas forças para recomeçar com mais inteligência, dando-se o mérito por terem tido tal oportunidade.
As pessoas que não se estimam não se gostam, não se sentem bem na sua própria companhia, dependem da força e motivação dos outros, da aprovação, dos “aplausos” e dos elogios do mundo. Não conseguem ficar sozinhas, desconfiam de tudo, nunca se sentem seguras e apesar de terem realizado planos bem sucedidos, estão sempre insatisfeitos consigo e com suas vidas, achando que deveriam estar numa outra vida, com outra família, num outro contexto, já que valorizam a dificuldade e o sacrifício, fantasiando a felicidade como algo impossível. Desta forma, negam-se a “arregaçar as mangas” e buscar outros caminhos, pois será mais fácil arranjar desculpas e subterfúgios para justificar sua vida fracassada.
Certamente, você já teve contato com pessoas de autoestima baixa. São aquelas que se sentem tão fracassadas, que se o seu time de futebol perde o jogo, parece que foi ele quem perdeu, fica bravo pelo resto do dia e se zanga com todos. Estas pessoas se projetam em seu time de futebol, em seu filho que perdeu o emprego, olham tão focadamente para os “coitados” no mundo, que acabam por atrair tipos de pessoas bem parecidas com seu modo de agir para se relacionar. Uma lástima... Por outro lado, você também já experimentou momentos de autoestima elevada, ou ao menos conhece alguém que apesar de não estar sorrindo (artificialmente) o tempo todo, é calma, carrega paz e sempre traz palavras simples, encorajando a si próprio e aos colegas que estão no mesmo ambiente. Estas pessoas estão mais bem humoradas e não se prendem ao que têm ou ao que fizeram, mas sim ao que são, ao que já demonstraram a si mesmas que podem fazer.
Você já deve ter conhecido alguém que após alguma decepção, escolheu tomar a atitude de renovar sua vida, não simplesmente como uma fachada, mas foram buscar verdadeiramente seus objetivos, com calma e clareza, no caminho do bem-estar, desenvolvendo paciência (não confundir com passividade), confiança e conquistaram uma nova vida. Qual é a diferença entre essas pessoas? Como desenvolver e treinar sua autoestima?
Tenho a sugestão de um exercício simples para que você se estime mais. Há quanto tempo você não se dá parabéns por algo que fez? Acredito no ser humano e sei que você pode reconhecer-se para que não precise do reconhecimento do mundo. Embora saibamos que não vivemos isolados e precisamos viver em comunidade, o fato é que depender do elogio do outro ou do apoio das pessoas é uma neurose muito comum e até muito aceita socialmente. Por exemplo: como é possível se dar parabéns, se o autoelogio é mal visto? Não digo o elogio falso e arrogante, muito pelo contrário, pois quando nos reconhecemos pelo que somos não precisamos falar para as pessoas a respeito disto, o que é muito mais efetivo e funcional. Quando transmitimos autorrespeito, atraímos pessoas com melhor autoestima ao nosso redor.    
         Sei que você consegue fazer esta lição, que parece estranha, pois quem se elogia e reconhece algo de bom em si mesmo é tido como “arrogante”, alguém que quer aparecer, porém, mesmo que não saibamos, já estamos expostos. Você nunca notou isso? Perceba que curiosamente, aqueles que não aparecem e não se destacam, são justamente aqueles que têm medo do sucesso e que dificilmente aguentam as críticas do mundo, o julgamento, a inveja, o ciúmes, as cobranças sociais, que estão cada vez mais presentes e não vão cessar. O que você prefere: ser um servo dos conceitos sociais e confortável por ter autoestima baixa como a maioria, ou ter a coragem de reconhecer seus potenciais e exercitar sua autoestima elevada? É uma opção somente sua! Pense bem e até a próxima...

Visite o novo site do Dr. Mario Sabha Jr.  www.mariosabha.com.br



Prof. Dr. Mário Sabha Jr.
PhD em Neuroanatomia Humana e Terapeuta Metafísico
Site: www.mariosabha.com.br
F: (19) 3386-9411/8173-7731

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DE QUE ME VALE A VIDA?


De que me vale a vida
Sem uma consciência maior
De que tudo nela é melhor
Ainda que aconteça o “pior”?

De que me vale a vida
Se ao menos por um momento
Não vislumbrasse à luz do sentimento
A escuridão dos julgamentos?

Afinal, no verso do Universo dual
O que enxergo por “bem” e por “mal”
Quiçá só seja  uma projeção existencial
De algo constante e real?

De que me vale a vida
Se não tivesse a sorte
De “matar” a ilusão da morte
Com a espada do meu ser:
A própria vida, a Consciência do Viver?!

Oh, Vida que me permeia,
Me imana e me transcende,
Me ama e me compreende!
Sinto que o profano e o sagrado
Caminham juntos lado a lado
Rumos em sua direção
Em tal profundidade
Onde só o coração
Alcança o Uno da Verdade


Oh, fonte inesgotável de luz,
De inenterrupta  criação, ação e reação,
Fogo permanente de destruição e renovação
Bendita seja, Sol infinito de transformação!
Imagem em ação de cada Imaginação
Sempre além de qualquer definição...

Tão plena que és, que para seu sentido
Não há palavra, pintura ou poema,
Nem tampouco dança, símbolo ou emblema
Pois tudo terá sido coisa pequena
Perante o meu sentimento
Que cultivo a todo momento
De que tudo na Vida vale a pena!



(por Wanderlei de Mattos Trindade 15/06/2011)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Onde Começa a Mente e Onde o Corpo Termina?


Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Da mesma forma que neste conhecido enigma, existem coisas em nós que não conseguimos compreender. Se a inocente charadinha acima dá um nó na cabeça dos que tentam respondê-la, imagine aqueles que tentam desvendar o enigma das várias partes que nos compõem? Por exemplo: onde começa a mente, e onde o corpo termina? A partir daí, podemos iniciar alguma observação de como funcionamos, e compreender algumas das partes do nosso todo. Você deve conhecer o antigo e sábio ditado: “quando a cabeça não pensa, o corpo padece!”, que deixa implícita a ligação entre o corpo e a mente.
É muito frustrante observar que a ciência convencional ainda continua tratando o corpo separado das outras partes que nos compõem, como se uma parte não repercutisse nas outras. Estou exemplificando simplesmente nos quesitos corpo e mente sem contar ainda com outras partes, pois além destas, temos a sentimental, emocional, energética e espiritual, que são diferentes entre si, porém interferem nas demais. A ciência se tornará cada vez mais completa quando começar a perguntar: “quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?”, assim como quando as especialidades da medicina tradicional começarem a perguntar: “onde começa a mente e onde o corpo termina?”.
Tratar apenas o “mental”, achando que a inteligência está apenas na mente também é uma mesquinhez, pois assim não consideramos que em cada uma das células existem um conjunto de inteligências, por exemplo da fagocitose e da exocitose, que permitem que as mesmas selecionem as substâncias necessárias ou não para seu desenvolvimento em um determinado momento. Isso mostra a mente, inserida também no corpo, ou seja, a inteligência (a mente) em cada menor parte do nosso corpo. A partir deste entendimento, torna-se inútil ou ineficaz, tratar apenas a mente (a “psique”), ou os sentimentos, ou apenas o corpo, como se ele fosse um pedaço robótico, ou ainda apenas o intuitivo, o espiritual, esquecendo-se, por exemplo do energético, ou do sexual. Ao estudar o ser humano como um todo em que suas partes podem ser didaticamente separadas, no entanto profundamente inter-relacionadas, a repressão ou negligência de quaisquer dessas áreas, causa doenças físicas, no corpo. Assim, torna-se mais interessante a pergunta inicial, afinal de contas:”onde começa a mente e onde o corpo termina?”.
Por vezes os pacientes me procuram e muitos acabam compreendendo após a nossa primeira avaliação o motivo de trabalharmos com um arsenal de recursos, que compreendem o tratamento da pessoa e não apenas da doença. Obviamente, quando existe uma queixa muito aguda no corpo, devemos atuar prontamente na região acometida e muitas vezes de maneira urgente, dependendo da negligência sofrida pelas respectivas partes que nos compõem. Frequentemente tratamos da mente, quando quem mais sofre é o corpo, muito embora algumas pessoas não queiram contar o que lhes aflige, mas em determinados momentos aceitam o tratamento físico, ou energético (fisioterapia manipulativa osteopática, acupuntura), para depois atuarmos no todo, nas outras partes que nos compõem.
Espero que neste momento você entenda que sua dor nos ombros, nas pernas, na coluna, ou qualquer processo físico, desde um resfriado até uma doença degenerativa grave, pode não ter sido causa ou consequência do local acometido em si, mas sim a sinalização física de que alguma parte do conjunto está sendo negligenciado. Isso pode ser inclusive, uma dica valiosa para que você perceba qual das partes que lhe compõem você não estátomando posse”. Seria seu lado bem-humorado, sensual, suas forças de impulsão na vida, sua garra, seu jeito natural, ou sua alma inteira?
Faça essa lição de casa, ela vale a pena. Um Abraço... 

Dr. Mário Sabha Jr

Doutor em Neuroanatomia (UNICAMP)
Palestrante Motivacional e Consultor Metafísico
Conselheiro Metafísico Trans-energético (Luiz Gasparetto)
Em Campinas (19) 3386-9411/ 8173-7731.

Visite o Site e envie sua opinião: www.mariosabha.com.br

Participe da Comunidade “Dr. Mário Sabha Jr.” no ORKUT, clicando no link
abaixo:
                        http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=35878800



sábado, 21 de maio de 2011

ALTO DA MONTANHA (PONTO DE XANGÔ)




NO ALTO DA MONTANHA
UMA LUZ BRILHOU            (2X)
ILUMINOU A TERRA
NO FOGO DA LEI DO AMOR

PAI OXALÁ
FOI QUEM MANDOU
QUE A JUSTIÇA
VENHA A NÓS
POR PAI XANGÔ!

KAÔ!                                               
KAÔ, KAÔ!
KAÔ, KAÔ, CABECILÊ XANGÔ!

KAÔ!
KAÔ, KAÔ!
KAÔ, KAÔ, CABECILÊ MEU PAI XANGÔ!

KAÔ!
KAÔ, KAÔ!
KAÔ, KAÔ, CABECILÊ!
XANGÔ!


NO ALTO DA MONTANHA
EU VÍ MEU PAI XANGÔ      (2X)
SENTADO NUMA PEDRA
SEU MACHADO LEVANTOU

E PARA MIM
ASSIM FALOU:
“NÃO TEMAS FILHO
A LEI É JUSTA
EU SOU XANGÔ”!

KAÔ!
KAÔ, KAÔ!
KAÔ, KAÔ, CABECILÊ XANGÔ!

KAÔ!
KAÔ, KAÔ!
KAÔ, KAÔ, CABECILÊ MEU PAI XANGÔ!

KAÔ!
KAÔ, KAÔ!
KAÔ, KAÔ, CABECILÊ!
XANGÔ!

(recebido por Wanderlei de M. Trindade em 21/05/2011)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O MATRIMÔNIO PERFEITO (VICTOR HUGO)

VICTOR HUGO

A Senda da Realização Cósmica é o caminho do Matrimônio Perfeito. Victor Hugo, o grande humanista Iniciado, afirmou textualmente o seguinte:
O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro. A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz, o coração produz amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão. A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos. A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
O homem é um código; a mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo, a mulher é um sacrário.
Ante o templo nos descobrimos; ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa. A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva. Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano. A mulher é um lago.
O oceano possui a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa. A mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu.
Essas frases sublimes do grande humanista Iniciado Victor Hugo nos convidam à senda do Matrimônio Perfeito. Bendito seja o Amor. Benditos os seres que se adoram.
(Retirado do livro O Matrimônio Perfeito)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

FESTA NUPCIAL (HUBERTO ROHDEN)

PELAS NÚPCIAS HUMANAS SE PERPETUA A VIDA RACIAL TERRESTRE – PELAS NÚPCIAS DIVINAS SE REALIZA A VIDA INDIVIDUAL CELESTE

Jesus voltou a falar em parábolas aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo. Ele dizia: “O Reino do Céu é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Falem aos convidados que eu já preparei o banquete, os bois e animais gordos já foram abatidos, e tudo está pronto. Que venham para a festa’. Mas os convidados não deram a menor atenção; um foi para o seu campo, outro foi fazer os seus negócios, e outros agarraram os empregados, bateram neles, e os mataram. Indignado, o rei mandou suas tropas, que mataram aqueles assassinos, e puseram fogo na cidade deles.
Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereceram. Portanto, vão até as encruzilhadas dos caminhos, e convidem para a festa todos os que vocês encontrarem’. Então os empregados saíram pelos caminhos, e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados.
Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí alguém que não estava usando o traje de festa. E lhe perguntou: ‘Amigo, como foi que você entrou aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrem os pés e as mãos desse homem, e o joguem fora na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes’. Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos.”

(Mateus 22:1-14)

“O Reino dos Céus é semelhante a um rei que celebrava as núpcias de seu filho”.
Em todas as literaturas, dentro e fora do cristianismo, a experiência mística aparece invariavelmente em roupagens de vivência erótica. Na Bíblia, não é somente no “Cântico dos Cânticos” de Salomão, mas também no Evangelho do Cristo, que mística e erótica figuram uma ao lado da outra.
Eros e Logos aparecem sempre de mãos dadas.
Para, de algum modo, compreender tão paradoxal mistério, é necessário que assumamos a perspectiva seguinte:
A vida é a quintessencia do Universo. A vida é a Divindade, Brahman, Tão, Yahveh. A realidade do Universo é Vida.
É da íntima natureza da Vida, Uma e Única, que ela se manifeste em forma de Vivos; que o Eterno Uno se revele sem cessar em Verso temporário, formando o Universo, a Unidade na Diversidade.
O Universo é Vida manifestada em Vivos.
Mas, os Vivos, não podendo perpetuar-se individualmente, têm a irresistível tendência de se perpetuarem racialmente, na imortalidade da espécie.
A impossibilidade da imortalidade individual é substituída pela possibilidade da imortalização racial.
O instinto sexual – libido, no mundo animal, erótica, no mundo hominal – está a serviço da imortalização da espécie; daí, a sua irresistível veemência. É imperativo categórico da Vida que os Vivos se perpetuem.
No mundo hominal superior, a mística realiza, no plano individual, o que a erótica procura realizar no plano inferior da raça. A mística realiza a imortalidade simultânea do indivíduo, ao passo que a erótica realiza a imortalidade sucessiva da espécie.
Erótica e mística, como se vê, estão a serviço da imortalidade, cada uma na sua esfera.
Por isso, a estranha afinidade entre o imperativo sexual, que visa procrear a imortalidade racial, e o imperativo espiritual, que crea a imortalidade individual. O crear supera o procrear.
No plano superior, a tendência erótica decresce na razão direta do crescimento da experiência mística; quando esta atinge o mais alto zênite, aquela baixa ao mais profundo nadir. A imortalidade qualitativa extingue o desejo da imortalização quantitativa.
Os grandes místicos são, geralmente, dotados de uma veemente potencialidade erótica – não no sentido de que, antes de se tornarem místicos, devam ter sido atualmente eróticos, como vemos na vida de Santo Agostinho e de Mahatma Gandhi; mas no sentido de que uma intensa vitalidade, que se revela em potencialidade erótica, se pode manifestar em potencia mística, como no caso de Francisco de Assis, e, sobretudo, de Jesus de Nazaré, nos quais não aparece nenhuma erótica atual, mas a erótica potencial se manifestou diretamente em mística atual. Uma erótica sadia, não eclodida, pode eclodir numa grande mística.
À luz destas premissas, é possível compreender, de algum modo, o constante paralelo entre erótica e mística, entre as núpcias humanas e as núpcias divinas.
Mestres hindus de Yoga Tântrica vão ao ponto de recomendar a seus discípulos a prática de interromperem o orgasmo sexual da erótica humana no ponto culminante, antes de o consumarem, a fim de entrarem subitamente no entusiasmo espiritual da mística divina. Semelhante prática parece quase um desafio sádico para o homem e a mulher comum; mas baseia-se na suposição tácita de haver uma afinidade latente entre Eros e Lógos. E, na realidade, tanto a erótica como a mística giram em torno do início de uma vida nova, seja no plano horizontal dos egos humanos interessados em perpetuar a vida racial da humanidade, seja na dimensão vertical do Eu divino responsável pela imortalização da vida individual do homem. Aquela se realiza no infra-consciente, esta no supra-consciente.
No orgasmo erótico ocorre um mergulho momentâneo de duas vidas individuais – homem e mulher – no oceano cósmico da Vida Universal, onde se acende uma terceira vida, a do filho.
No entusiasmo místico há um mergulho-relâmpago duma vida individual humana no mar imenso da Vida Universal da Divindade, e, neste momento, se acende na creatura humana a vida imortal, integrada na Divindade; o filho concebido não é uma entidade alheia separada do místico, mas é ele mesmo numa nova dimensão de existência. Pode-se dizer que, na experiência mística, ocorre uma auto-concepção: o homem imortalizável se torna imortalizado; o ponto culminante na vida humana é essa auto-concepção, que se consumará na auto-parturição, em “dar a luz a si mesmo”, como diz um autor moderno. “Quem não nascer de novo pelo espírito não pode ver o Reino de Deus”.
A erótica, que é a mística da carne, perpetua a imortalidade racial da humanidade.
A mística, que é a erótica do espírito, realiza a imortalidade individual do homem.
Freud escreveu um livro entitulado “Eros e Thánatos” (Eros e Morte), como que sentindo a afinidade entre Amor e Morte. Se não houvesse a morte dos indivíduos, não haveria necessidade para Eros, destinado a preencher com vida nova as lacunas que Thánatos abre nas vidas individuais. Eros equilibra o déficit que Thánatos causa incessantemente.
Mas, quando o Eros do ego culmina no Lógos do Eu, não há mais lugar para Thánatos, porque Lógos é Athánatos, imortalidade. Quando a mística atinge o seu zênite, a erótica desce a seu nadir.
A mística, em sua plenitude, não é uma erótica sublimada, mas sim uma erótica totalmente superada pela mística.
“Um rei fez as núpcias para seu filho”…
a Divindade, enviando ao mundo o “Unigênito do Pai”, o “Primogênito de todas as creaturas”, realizou as núpcias místicas do Cristo Cósmico, do Verbo, do Logos, com a natureza humana de Jesus de Nazaré. E o Jesus humano, integrando-se totalmente no Cristo divino, redimiu a sua humanidade individual, divinizando a natureza humana.
Desde então, existe uma humanidade Cristo-redimida – não a humanidade coletiva do gênero humano, que continua irredenta, mas sim, a humanidade individual em Jesus.
Estas núpcias místicas do Cristo Cósmico com a natureza humana de Jesus, esse conúbio metafísico do Verbo com a carne, pela Encarnação, foram o prelúdio e o penhor para que a carne se fizesse Verbo, na Ressurreição; e, na Ascensão, o Verbo encarnado e a carne verbificada subiram aos céus.
Ora, essa theosis, que aconteceu uma vez, em Jesus, pode acontecer mais vezes; a humanidade, uma vez Cristo-remida em Jesus, pode ser Cristo-remida em outras creaturas humanas. Um ser humano disse “Está consumado”, está realizada a tarefa de cristificação pelas núpcias místicas com o Verbo.
A parábola do pai que fazia as núpcias de seu filho tem uma perspectiva cósmica de infinita profundidade e amplitude…

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Existe alguma razão em viver?


Osho,
Existe alguma razão em viver?
      O homem tem sido conduzido por todas as tradições de uma maneira esquizofrênica. Isso foi útil para dividir o homem em todas as dimensões possíveis, e criar um conflito entre essas divisões. Desta maneira o homem se torna fraco, inseguro, medroso, pronto para submeter-se, render-se; pronto para ser escravizado pelos sacerdotes, pelos políticos, por qualquer pessoa.
      Essa questão também surge a partir de uma mente esquizofrênica. Será um pouco difícil para você entender porque você pode nunca ter pensado que a divisão entre fins e meios é a estratégia básica da criação de divisões no homem.
      Viver tem algum significado, algum razão, algum valor? A questão é: Existe algum objetivo a ser alcançado na vida, vivendo? Existe um lugar aonde você chegará algum dia através da vida?
      Viver é um meio e a meta, a realização, e em algum lugar distante, é o fim. E esse fim irá torná-lo significativo. Se não existe fim, então certamente a vida é sem sentido; um Deus é necessário para fazer sua vida significativa. Primeiro cria-se a divisão entre fins e meios. Que divide sua mente. Sua mente está sempre perguntando: Por que? Para que? E qualquer coisa que não tenha resposta para a questão, "Para que?" lentamente, lentamente se torna sem valor para você. É por isso que o amor se tornou sem valor. Qual é a razão existente no amor? Para onde isso levará você? Qual será a realização disso? Você alcançará alguma utopia, algum paraíso? Claro, não há razão no amor dessa maneira. É sem razão. Qual é o razão da beleza? Você vê um pôr do sol você fica estonteado, é tão lindo, mas qualquer idiota consegue perguntar, "Qual é o significado disso?" e você ficará sem nenhuma resposta. Se não tem nenhum significado então porque desnecessariamente você está comentando sobre a beleza?
      Uma bela flor, ou uma bela pintura, ou uma bela música, uma bela poesia elas não tem nenhuma razão. Elas não estão argumentando para provar algo, nem são meios para chegar a qualquer fim. E viver consiste só em coisas que são sem razão. Deixe-me repetir isso: viver consiste só em coisas que são absolutamente sem razão, as quais não tem nenhum significado, significado no sentido de que não tem nenhuma finalidade, que não leva você a lugar algum, que você não obtém nada através disso.
      Em outras palavras, a vida é significativa em si mesma. Os meios e os fins estão juntos, não separados. E essa é a estratégia de todos os que tem cobiçado o poder, ao longo dos séculos: que meios são meios e fins são fins.
      Meios são úteis porque eles o levam para um fim. Se eles não o levam para um fim, eles são sem sentido. Dessa forma, eles destruíram tudo o que realmente é significativo. E eles impuseram coisas para você que são absolutamente insignificantes. Dinheiro tem uma razão. Uma carreira política tem uma razão. Ser religioso tem uma razão, por que esse é o meio para se chegar ao céu, a Deus. Negócios tem uma razão porque imediatamente você vê o resultado final. Negócio tornou-se importante, política tornou-se importante, religião tornou-se importante; poesia, música, dança, amor, simpatia, beleza, verdade, todas desapareceram da sua vida. Uma simples estratégia, que destruiu tudo aquilo que faz de você digno, que dá êxtase para o seu ser. Mas a mente esquizofrênica perguntará, "Qual é a razão do êxtase?"
      Pessoas tem me perguntado, centenas de pessoas, "Para que serve a meditação? O que eu ganharei com isso? Primeiro, é muito difícil alcançar e mesmo se conseguirmos alcançar, qual vai ser o resultado final?" É muito difícil explicar para essas pessoas que a meditação é um fim em si mesma. Não existe um final além disso. Qualquer coisa que tenha um final além dela mesma é só para a mente medíocre. E qualquer coisa na qual tenha um fim em si mesma é para as verdadeiras pessoas inteligentes.
      Mas você verá pessoas medíocres se tornando presidente de um país, primeiro ministro de um país; se tornando o homem mais rico do país, se tornando papa, se tornando um líder religioso. Mas essas são todas pessoas medíocres; sua única qualificação é a sua mediocridade. Eles são de terceira categoria e basicamente são esquizofrênicos. Eles dividiram suas vidas em duas partes: fins e meios.
      Minha abordagem é totalmente diferente: Fazer de vocês um único todo. Eu quero que vocês vivam apenas pela graça de viver. Os poetas tem definido a arte como para sua própria graça, não existe nada além disso:arte pela graça da arte. Não apelará pela mente medíocre absolutamente porque ele não conta as coisas em termos de dinheiro, posição, poder. Sua poesia fará de você o primeiro ministro de um país? Daí seria significativo. Mas na verdade sua poesia pode fazer de você apenas um mendigo, porque quem vai comprar sua poesia?
      Eu conheço muitos gênios que estão vivendo como mendigos pela simples razão de que eles não aceitaram viver mediocremente, e eles não se permitiram tornar esquizofrênicos. Eles estão vivendo de maneira clara, eles têm um júbilo que político nenhum irá jamais ter, eles tem uma certa radiância que bilionário nenhum irá conquistar. Eles tem um certo ritmo em seus corações no qual essas pessoas chamadas religiosas não tem idéia. Mas, até onde o exterior deles é julgado, eles tem sido reduzidos pela sociedade a viver como mendigos.
      Eu gostaria que vocês se lembrassem de um grande, talvez o maior, pintor holandês; Vicent van Gogh. Seu pai queria que ele se tornasse um ministro religioso, viver uma vida de respeito confortável, conveniente e não apenas nesse mundo, no outro mundo depois de morrer também.
      Mas Vicente van Gogh queria ser pintor.
      O pai dele disse, "Você está maluco!"
      Ele disse, "Pode ser. Para mim, você é o maluco. Eu não vejo nenhum significado em se tornar ministro porque tudo que eu iria dizer não seria nada além de mentiras. Eu não conheço Deus. Eu não sei nem se existe céu ou inferno. Eu não sei nem se existe vida após a morte ou não. Eu estaria continuamente contando mentiras. Claro, isso é respeitável, mas esse tipo de respeito não é para mim; Eu não estarei feliz com isso. Será um tortura para minha alma."
      Seu pai o expulsou de casa. Ele começou a pintar e ele é o primeiro pintor moderno. Você pode traçar uma linha em Vicente van Gogh; antes dele a pintura era ordinária. Até mesmo os maiores pintores, como Michelangelo, são de menor importância comparados com Vicente van Gogh, porque o que eles estavam pintando era ordinário. A pintura deles era mercadoria.
      Michelangelo pintou para igrejas sua vida toda; pintando muros e tetos de igrejas. Ele quebrou a coluna pintando o teto de uma igreja, porque para pintar um teto você tem que deitar num andaime alto enquanto você pinta. É uma posição muito desconfortável e por dias seguidos, meses seguidos... Mas ele estava ganhando dinheiro, e estava ganhando respeito. Ele estava pintando anjos, Cristo, Deus criando o mundo. A pintura mais famosa dele é Deus criando o mundo.
      Vicente van Gogh começou em uma dimensão totalmente nova. Ele não vendeu uma simples pintura em toda sua vida. Agora, quem dirá que as pinturas dele tinham alguma razão? Nem uma simples pessoa poderia ver que havia qualquer coisa em suas pinturas.
      Seu irmão mais jovem costumava mandar dinheiro para ele; suficiente para ele não morrer de fome, apenas o suficiente para sete dias, comida para toda semana porque se ele desse de uma vez o suficiente para um mês inteiro ele iria gastar dentro de dois ou três dias, e os outros dias eles passaria fome. Toda semana ele mandava dinheiro para ele. E o que Vicente van Gogh estava fazendo era, por quatro dias ele comia, e por três dias, entre os quatro dias, ele guardava dinheiro para suas tintas e telas.
      É algo totalmente diferente de Michelangelo, que ganhou dinheiro suficiente, que se tornou um homem rico. Ele vendeu todas as suas pinturas. Elas foram feitas para serem vendidas, era negócio. Claro, ele era um grande pintor, então mesmo pintando para serem vendidas eram lindas. Mas se ele tivesse tido a profundidade de um Vicente van Gogh, ele teria enriquecido o mundo todo.
      Três dias passando fome, e van Gogh comprava as tintas e telas. Seu irmão mais novo ouviu dizer que nenhuma de suas pinturas tinham sido vendidas, ele deu dinheiro a um homem, um amigo dele, não conhecido por Vicente van Gogh, e disse a ele para ir lá e comprar pelo menos uma das pintura: "Isso daria a ele alguma satisfação. O pobre homem está morrendo; ele pinta durante todo o dia, passa fome para poder pintar mas ninguém compra suas pinturas ninguém vê nada nelas." Porque para ver algo nas pinturas de Vicent van Gogh você precisa o olho de um pintor do calibre de van Gogh; menos que isso não é possível.
      As pinturas dele parecerão estranhas para você. As árvores dele são pintadas tão altas que vão além das estrelas; as estrelas são deixadas para trás. Agora, você achará esse homem maluco... árvores indo mais alto do que as estrelas? Você já viu essas árvores em algum lugar? Quando perguntaram a Vicent van Gogh, "Suas árvores sempre vão além das estrelas...? ele disse, "Sim porque eu entendo as árvores. Eu sempre senti que as árvores tem a ambição sobre a terra de alcançar as estrelas. Caso contrário, por quê? Tocar as estrelas, sentir as estrelas, ir além das estrelas - isso é o desejo da terra. A terra se esforça, mas não pode realizar seu desejo. Eu posso fazer isso. As árvores entenderão minhas pinturas, e eu não me importo com vocês, se vocês entendem ou não."
      Agora, esse tipo de pintura você não consegue vender. O homem que seu irmão mandou veio. Van Gogh estava muito feliz: pelo menos alguém tinha vindo comprar. Mas logo sua felicidade tornou-se frustração porque o homem olhou ao redor, pegou um pintura e deu o dinheiro.
      Vicent van Gogh disse, "Mas, você entendeu a pintura? Você pegou tão descuidado, você nem olhou; Eu tenho centenas de pinturas. Você nem mesmo preocupou-se em olhar a sua volta; você simplesmente pegou uma que estava acidentalmente a sua frente. Eu suspeito que você foi mandado pelo meu irmão. Coloque a pintura de volta, e pegue seu dinheiro de volta. Eu não venderei a pintura para um homem que não tem olhos para pintura. E diga ao meu irmão para nunca mais fazer tal coisa novamente."
      O homem ficou intrigado. Como é que ele conseguiu descobrir isso? Ele disse, "Você não me conhece, como você descobriu?"
      Ele disse, "É tão simples. Eu sei que meu irmão quer que eu me sinta valorizado. Ele deve ter manipulado você - e esse dinheiro pertence a ele porque eu posso ver que você é tão cego quanto ao valor das pinturas. E eu não sou do tipo que vende pinturas para pessoas cegas; Eu não posso explorar um homem cego e vender um pintura. O que ele fará com isso? E diga ao meu irmão que ele também não entende pinturas, de outra forma ele não mandaria você."
      Quando o irmão ficou sabendo, ele veio se desculpar. Ele disse, "Em vez de dar a você um pouco de consolo, eu o feri. Eu jamais farei tal coisa de novo."
      Em sua vida inteira, van Gogh só deu pinturas para amigos: para o hotel onde ele costumava comer quatro vezes por semana ele presenteou com uma pintura, ou para uma prostituta que lhe disse certa vez que ele não era um homem bonito. Para ser absolutamente sincero, ele era feio. Nenhuma mulher sequer se apaixonou por ele, era impossível. E essa prostituta por compaixão, e às vezes as prostitutas tem mais compaixão do que as suas chamadas senhoras, elas entendem mais sobre homens só por compaixão ela disse, "Eu gosto muito de você."
      Ele nunca havia escutado isso. Amor era uma coisa tão distante. Até mesmo um gostar... Ele disse, "Sério, você gosta de mim? O que você gosta em mim?" Agora, a mulher estava perdida. Ela disse, "Eu gosto das suas orelhas. Suas orelhas são lindas." E você ficará surpreso que van Gogh foi para casa, cortou a orelha com uma navalha, empacotou-a lindamente, foi até a prostituta e deu sua orelha à ela. E o sangue estava escorrendo...
      Ela disse, "O que você fez?"
      Ele disse, "Ninguém jamais gostou de qualquer coisa em mim. E eu sou um homem pobre, como eu posso agradecer você? Você gosta da minha orelha; Eu presenteei você com ela. Se você tivesse gostado dos meus olhos, eu teria lhe dado meus olhos. Se você tivesse gostado de mim, eu teria lhe dado minha vida."
      A prostituta não pode acreditar. Mas pela primeira vez, van Gogh estava feliz, sorrindo; alguém gostou pelo menos de uma parte dele. E a mulher só tinha feito uma brincadeira caso contrário, quem se importaria com suas orelhas? Se as pessoas gostam de algo, elas gostam dos seus olhos, seu nariz, seus lábios você não irá ouvir dois amantes dizendo que gostam das orelhas um do outro.
      Somente nas antigas escrituras Hindu sobre sexologia: o Kamasutra de Vatsyayana... Este é o único livro que eu fui capaz de encontrar que pode estar conectado com esse incidente cinco mil anos depois com Vicent van Gogh, porque só o Vatsyana diz, "Pouquíssimas pessoas sabem que os lóbulos das orelhas são tremendamente sexuais e sensitivos pontos no corpo. E os amantes deveriam brincar com os lóbulos dos ouvidos um do outro" e isso é um fato, embora desconhecido. Se você começar a brincar com os lóbulos das orelhas do seu amante, ela ou ele pode achar que você é um pouco louco - o que você está fazendo? Porque as pessoas se tornaram aficionadas em certas ideias: beijar tudo bem... Mas existem tribos onde ninguém jamais ouviu falar sobre beijo; ninguém jamais ouviu falar sobre beijo; eles esfregam os narizes, e isso é considerado o mais amável gesto. Certamente é mais higiênico, muito mais medicamente suportável do que o beijo francês. As pessoas que esfregam os narizes acham as pessoas que se beijam a moda francesa sujas, simplesmente sujo.
      Mas essa prostituta talvez fosse ciente... porque prostitutas se tornam consciente de muitas coisas que a mulher e o homem ordinário não se tornam, porque elas estão sempre em contato com tantas pessoas. Talvez ela soubesse que as orelhas tem um significado sexual. Elas certamente tem. Vatsayana é um dos maiores especialista. Freud e Havelock Ellis e outros sexólogos são só pigmeus ante Vatsayana. E quando ele diz algo, ele quer mesmo dizer.
      Van Gogh viveu sua vida inteira na pobreza. Ele morreu pintando. Antes de morrer ele enlouqueceu, porque por um ano continuamente ele ficou pintando o sol: centenas de pintura, mas nada chegou ao ponto que ele queria. Mas o dia todo em pé no lugar mais quente da França, em Arles, com o sol na cabeça - porque sem a experiência como você pode pintar? Ele pintou sua última pintura, mas ele enlouqueceu. O calor, a fome... mas ele era imensamente feliz; e mesmo na sua loucura ele pintou. E essas pinturas que ele fez no hospício agora valem milhões.
      Ele se suicidou pela simples razão de que ele já tinha pintado tudo que ele queria pintar. Agora a pintura já estava acabada; ele havia chegado ao final. Não havia nada mais a se fazer. Agora continuar vivendo era só ocupar espaço, o lugar de alguém; isso era feio para ele. Por isso ele escreveu uma carta para seu irmão: "Meu trabalho está terminado. Eu vivi intensamente da maneira que eu escolhi viver. Eu pintei o que eu quis pintar. Minha última pintura eu terminei hoje, e agora eu estou pulando dessa vida para dentro do desconhecido, o que quer que isso seja, porque essa vida não mais contém qualquer coisa para mim."
      Você considerará esse homem um gênio? Você considerará esse homem inteligente, sábio? Não, ordinariamente você pensará que ele é simplesmente maluco. Mas eu não diria isso. Sua vida e suas pinturas não eram duas coisas: pintar era sua vida, essa era a vida dele. Então, para o mundo todo isso parece suicídio - não para mim. Para mim isso simplesmente parece um fim natural. A pintura está completa. A vida está cumprida. Não havia outro objetivo; se ele recebe o Prêmio Nobel, se qualquer pessoa aprecia suas pinturas... Na sua vida ninguém apreciou seu trabalho. Na sua vida nenhuma galeria de arte aceitou suas pinturas, mesmo de graça.
      Depois dele morrer, lentamente, lentamente, por causa do sacrifício dele, pintar mudou todo o sabor. Não teria havido Picasso sem Vicent van Gogh. Todos os pintores que vieram depois de Vicent van Gogh são gratos a ele, incalculavelmente, porque esse homem mudou toda a direção.
      Lentamente, lentamente, com a mudança da direção, suas pinturas foram descobertas. Uma grande procura foi feita. As pessoas jogaram suas pinturas em suas casas vazias, ou em seus porões, achando que elas eram inúteis. Eles correram para seus porões, descobrindo as pinturas dele, limpando-as. Até mesmo pinturas falsificadas chegaram ao mercado como autênticas de van Gogh. Agora há somente duzentas pinturas; ele deve ter pintado milhares. Mas qualquer galeria de arte que tem um Vicent van Gogh se sente orgulhosa, porque ele derramou toda sua vida em suas pinturas. Elas não foram pintadas por cores, mas por sangue, por coração; seu coração bate nelas.
      Não pergunte a esse tipo de homem, "Existe alguma razão em pintar?"
      Ela está lá nas suas pinturas, e você está perguntando, "Existe alguma razão em pintar?" Se você não pode ver o significado, você é responsável por isso. Quanto mais alto uma coisa se eleva, menos pessoas irão reconhecê-la. Quando algo atinge o ponto mais alto, é muito difícil encontrar até mesmo poucas pessoas que reconheçam. No ponto Omega final, só a própria pessoa sabe o que aconteceu com ele; ele não consegue encontrar nem mesmo um segundo homem.
      Por isso que um Buddha tem que declarar-se por si mesmo que ele é iluminado. Ninguém mais pode reconhecer isso. porque para reconhecer, você terá que provar isso. Caso contrário, como você reconhece? Nenhum reconhecimento é possível porque o ponto é tão alto. Mas, o que significa um estado búdico? O que significa se tornar iluminado? Qual é a razão? Se você pergunta sobre a razão, não há nenhuma. Ela em si mesma é suficiente. Não precisa nada mais para tornar-se significante.
      É isso que eu quero dizer quando eu digo que as coisas realmente importantes na vida não são divididas em fins e meios. Não existe divisão entre fins e meios. Fins são os meios, meios são os fins, talvez dois lados da mesma moeda inseparavelmente juntas; na verdade elas são uma unidade, uma totalidade.
      Você me pergunta, "Existe alguma razão na viva, em viver?"
      Eu estou com medo de dizer que não existe nenhuma razão na vida, você pensará que isso significa que você deve cometer suicídio, porque se não há razão em viver, então o que mais fazer? - cometa suicídio!
      Eu não estou dizendo suicide-se, porque cometer suicídio também não há razão.
      Vivendo: viva, e viva totalmente. Morrendo: morra, e morra totalmente. E nessa totalidade você encontrará significado. Eu estou consideravelmente não usando a palavra "sentido", e usando a palavra significado porque "sentido" é contaminada. A palavra sentido sempre quer dizer algo mais.
      Você deve ter escutado, você deve ter lido em sua infância, muitas estórias... Por que eles escrevem para crianças? Talvez os escritores não saibam, mas isso é parte do mesmo tipo de exploração da humanidade. As estórias são assim: há um homem cuja vida depende de um papagaio. Se você matar o papagaio, o homem morrerá, mas você não pode matar o homem diretamente. Você pode atirar, e nada acontecerá. Você pode atacá-lo com sua espada e a espada passará pelo seu pescoço, mas o pescoço permanecerá ainda junto ao corpo, intacto. Você não pode matar o homem, primeiro você tem que descobrir onde sua vida está. Então nessas estórias a vida sempre está em outro lugar. E quando você descobre você só mata o papagaio e onde quer que o homem esteja, ele morrerá imediatamente.
      Até mesmo quando eu era criança, eu costumava perguntar para meu professor "Esse tipo de estória é muito estúpida porque eu não vejo ninguém cuja vida depende de um papagaio ou um cachorro ou qualquer outra coisa, como uma árvore." Era a primeira vez que eu escutava essa estória, esse tipo de estória; então eu me deparei com muitas outras. Eles escreviam especialmente para crianças. O homem que estava me ensinando era muito bacana e um senhor respeitável.
      Eu perguntei para ele, "Você pode me contar onde está sua vida? Porque eu gostaria de tentar..." Ele disse,"O que você quer dizer?" Eu disse, "Eu gostaria de matar o pássaro do qual sua vida depende." Você é uma homem inteligente, sábio, respeitável. Você deve ter colocado sua vida em algum outro lugar assim ninguém pode matá-lo. É este o significado dessa estória - que as pessoas sábias mantém suas vidas em outro lugar, assim você não consegue matá-los, assim ninguém consegue matá-los. E é impossível descobrir onde eles guardaram suas vidas a menos que eles contem o segredo, ninguém pode descobrir. E esse mundo é tão grande, e há tantas pessoas e tantos animais, e tantos pássaros, e tantos homens árvore... ninguém sabe onde aquele homem colocou sua vida.
      "Você é um homem sábio, respeitável você deve ter mantido em algum lugar; você pode contar só para mim. Eu não matarei o pássaro completamente; só darei a ele alguns puxões e beliscões, e ver o que acontece com você."
      Ele disse, "Você é um garoto estranho. Eu tenho ensinado essa estória a minha vida inteira, e você quer me dar puxões e beliscões. Isso é só uma estória." Mas eu disse, "Qual é o significado da estória? Por que você continua ensinando essa estória e esse tipo de coisa para as crianças?" Ele não pode responder.
      Eu perguntei para meu pai, "Qual será o significado dessa estória? Por que essas coisas devem ser ensinadas, que são absolutamente absurdas?" Ele disse, "Se seu professor não é capaz de responder, como posso eu responder? Eu não sei. Ele é muito mais educado, inteligente e sábio do que eu. Vá perturbá-lo, ao invés de perturbar a mim."
      Mas agora eu sei qual é o significado daquela estória e porque elas continuam sendo ensinadas para as crianças. Elas entram nos seus inconscientes e elas começam a pensar que a vida está sempre em outro lugar no céu, em Deus, sempre em outro lugar - não está em você. Você é vazio, apenas uma concha vazia. Você não tem sentido na sua vida aqui e agora. Aqui você é só um meio, uma escada. Se você subir a escada, talvez algum dia você encontrará sua vida, seu Deus, seu objetivo, seu significado, qualquer que seja o nome que você dê a isso. Mas eu lhe digo que você é o sentido o significado, e a própria vida está intrinsecamente completa.
      A vida não precisa de nada a ser adicionado. Tudo que essa vida precisa é que você viva-a totalmente. Se você só vive parcialmente, então você não sentirá a emoção de estar vivo. É como qualquer mecanismo quando apenas uma parte está funcionando...
      Por exemplo, em um relógio: se só o ponteiro dos segundos funcionar, mas nem o ponteiro das horas e dos minutos se moverem, só o ponteiro dos segundos continuar se movendo de que servirá? Haverá movimento, uma parte estará funcionando, mas a menos que todas as partes funcionem e trabalhem em harmonia, ele não poderá funcionar.
      E essa é a situação: todo mundo está vivendo parcialmente, uma pequena parte. Então, você faz barulho, mas você não consegue criar som algum. Você mexe suas mãos e pernas, mas nenhuma dança acontece. A dança, a música, o significado entra em harmonia com todas as funções da existência imediatamente, em acordo. Daí você não perguntará tal questão como: Existe alguma razão em viver? você saberá.
      A vida em si mesma é a razão. Não existe outra razão. Mas não foi permitido a você ser um com o todo. Você foi dividido, cortado em várias partes. Algumas partes foram completamente fechadas tão fechadas que você nem sabe que pertencem a você. Muito de você foi jogado no porão. Muito de você foi tão condenado que embora você saiba que exista, você não ousa aceitar que isso faz parte de você; você continua negando; você continua reprimindo. Você conhece apenas um fragmento muito pequeno de você, o que eles chamam de consciente, o qual é um produto da sociedade, não um coisa natural, o qual a sociedade cria dentro de você para controlá-lo internamente.
      A policia está do lado de fora, os tribunais estão do lado de fora controlando você. E o consciente está do lado de dentro, que é de longe o mais poderoso. É por isso que até mesmo nos tribunais, primeiro eles lhe dão a bíblia. Você faz um juramento sobre a bíblia porque o tribunal também sabe que se você é um cristão, colocando sua mão sobre a bíblia e dizendo, "Eu juro dizer somente a verdade, toda a verdade, nada mais que a verdade," seu consciente forçará você a falar a verdade, porque agora você jurou em nome de Deus, e tocou a bíblia. Se você falar uma mentira você será jogado no inferno. Antes, no máximo, se você fosse pego você seria jogado dentro da prisão por alguns meses, alguns anos. Mas agora você será jogado para dentro do inferno pela eternidade. Até mesmo o tribunal aceita que a bíblia é mais poderosa, que o Gita é mais poderoso, que o Koran é mais poderoso do que o tribunal, do que os militares, do que o exército.
      O consciente é uma das piores invenções da humanidade. E desde o primeiro dia em que a criança nasce nós começamos a criar um consciente nela; uma pequena parte que continua condenando qualquer coisa que a sociedade não quer em você, e continua apreciando qualquer coisa que a sociedade quer em você. Você não é mais um todo. Você não é mais um todo. O consciente passa continuamente a forçá-lo, de modo que você tem que sempre olhar para fora, Deus está assistindo. Todos os atos, todos os pensamentos, Deus está assistindo, tenha cuidado! Mesmo em pensamento não é permitido liberdade: Deus está assistindo. Que tipo de Fulano espiador é esse Deus? Em todos os banheiros 'Ele' está olhando através do buraco da fechadura; Ele não lhe deixa sossegado - até mesmo no seu banheiro?
      Existem tribos no mundo onde mesmo em seus sonhos se você faz algo errado, de manhã você tem que ir até a pessoa... Por exemplo, você insultou alguém no seu sonho de manhã você tem que ir até a pessoa e pedir perdão; "Perdoe-me, noite passada eu o insultei em meu sonho; Eu sinto muito." Até os sonhos são controlados pela sociedade. Você não é permitido até mesmo em sonho ser você mesmo.
      Eles continuam falando sobre livre iniciativa. Isso é tudo tolice porque desde o começo eles colocam as bases em todas as crianças para a não livre iniciativa. Eles querem controlar seus pensamentos. Eles querem controlar seus sonhos. Eles querem controlar tudo em você. É através de um dispositivo muito inteligente, o consciente. Isso o atormenta. Continua lhe dizendo, "Isso não é certo, não faça isso; você sofrerá." Continua forçando você: "Faça isso, é a coisa certa a se fazer; você será recompensado por isso."
      Esse consciente nunca permitirá você ser um todo, não permitirá você viver como se não existisse nada proibido, como se não existisse limites, como se você fosse deixado totalmente independente para ser o que quer que você possa ser. Aí sim a vida tem um significado, aí viver tem um significado, não no sentido de que isso o conduziu para fins, mas no sentido de que o conduziu para a vida em si mesma. Então, o que quer que você faça, nesse fazer está a sua recompensa.
      Por exemplo, eu estou aqui falando para vocês. Eu gosto disso. Por trinta e cinco anos eu tenho estado continuamente falando sem nenhum propósito. Com todo esse falatório eu poderia ter me tornado um presidente, um primeiro ministro; não teria problema algum. Com tanto falatório eu poderia ter feito qualquer coisa. O que eu ganhei? Mas eu não estou aqui para ganhar nada, em primeiro lugar. Eu gosto. Essa é minha pintura, essa era minha música, essa era minha poesia.
      Só nesses momentos quando eu estou falando e eu sinto a comunhão acontecendo, nesses momentos quando eu vejo os seus olhos flamejando, quando eu vejo que vocês alcançaram o ponto... isso me dá uma tremenda alegria que eu não consigo pensar em nada que possa ser adicionada a isso. Ação, qualquer ação feita totalmente, com cada fibra do seu ser...
      Por exemplo, se você amarrar minhas mãos eu não consigo falar, embora não exista nenhuma relação entre mãos e fala. Eu já tentei.
      Um dia, eu disse a um amigo que estava comigo, "Amarre as minhas mãos.."
      Ele disse, "O que?" Eu disse, "Apenas amarre-as, e então faça uma pergunta."
      Ele disse, "Eu sempre tive medo de você, você é louco. E agora se alguém ver que eu amarrei suas mãos.... e agora eu estou fazendo uma pergunta e você está respondendo, o que eles irão pensar?"
      Eu disse, "Esqueça tudo isso. Feche a porta e faça o que eu digo." Ele fez, porque ele tinha que fazer caso contrário eu teria mandado ele embora. Eu disse, "Sendo meu convidado, você não pode fazer essa simples coisa para mim? Então não me atrapalhe, caia fora."
      Então ele amarrou minhas mãos em dois pilares, e ele fez uma pergunta. Eu tentei de todas as maneiras possíveis, mas minhas mãos estavam atadas; Eu não consegui dizer qualquer coisa para ele. Eu simplesmente disse, "Por favor desamarre minhas mãos."
      Ele disse, "Eu não consigo entender o porque de tudo isso." Eu disse, "É simples, eu estava tentando ver se eu poderia falar sem as minhas mãos. Eu não consigo."
      O que dizer sobre as mãos... se eu colocar essa perna para o outro lado, e a outra perna sobre essa que é o jeito que eu sento no meu quarto quanto eu não estou falando... Se eu colocar sobre a outra perna, daí algo vai mal, eu não me sinto em casa. Então , o jeito que eu me sento, o jeito como eu movo minhas mãos, é um envolvimento total. Não é apenas falar com uma parte de mim; tudo em mim está envolvido nisso.
      E só então você pode encontrar a valor intrínseco de cada ato. Caso contrário você tem que viver uma vida de tensão, estendida entre aqui e ali, esse e aquele objetivo distante.
      Os pseudo religiosos dizem, "Claro, essa vida é só um meio você não pode se envolver totalmente; é só uma prova pela qual você tem que passar. Não é algo valioso, é só um degrau. O real está lá, bem distante." E assim sempre permanece distante. Onde quer que você esteja, o que é real está sempre distante. Então onde quer que você esteja, você estará perdendo a vida.
      Eu não tenho um objetivo. Quando eu estava na universidade eu costumava ir para uma caminhada de manhã, à noite, a qualquer hora... De manhã e de noite absolutamente, mas se tivesse outro tempo disponível, eu iria também para uma caminhada, porque o lugar, as árvores, as ruas eram tão lindas, e cobertas com árvores tão grandes de ambos os lados que até mesmo no alto verão havia sombras nas ruas.
      Um dos meus professores que gostava muito de mim costumava me assistir: que alguns dias eu ia por uma rua, e outros dias eu ia por outra rua. Havia um pentágono em frente ao portão da universidade, cinco ruas indo para cinco direções, e ele vivia muito perto de lá; na última instalação perto do portão. Ele me perguntou, "As vezes você vai por essa rua, as vezes por aquela rua. Para onde você vai?" Eu disse, "Eu não vou a lugar algum. eu simplesmente vou caminhar."
      Se você está indo para algum lugar então certamente você continuará indo pela mesma rua; mas eu não estava indo a lugar algum, isso era só parte da minha excentricidade. Eu ia para o pentágono e eu costumava ficar lá de pé parado por alguns instantes. Isso o deixava mais intrigado: como eu decidia? o que eu fazia ficando lá de pé? Eu costumava decidir dependendo para onde o vento estivesse soprando. Para onde quer que o vento estivesse soprando era para lá que eu iria; esse era o meu destino. "Então às vezes," ele dizia, "Você vai pela mesma rua por uma semana continuamente; às vezes você vai só um dia, e no dia seguinte você muda. O que você faz lá? E como você decide?" E eu disse a ele, "É muito simples. Eu fico lá de pé e eu sinto' qual rua me chama, para onde o vento está soprando. Eu vou com o vento. E é lindo ir com o vento. Trotando, correndo, o que quer que eu queira fazer. E o vento está lá, fresco, disponível. Então, é assim que eu decido."
      A vida não é ir para algum lugar. É apenas um 'ir para uma caminhada matinal'. Escolha para onde quer que todo seu ser esteja fluindo, para onde o vento esteja soprando. Vá por esse caminho o mais longe que ele puder lhe levar, e nunca espere encontrar qualquer coisa. Por isso que eu nunca fui surpreendido, porque eu nunca estive esperando nada. Então a questão não é o que me surpreende: tudo é uma surpresa. E não existe desapontamento: tudo é contentamento. Se for assim, bom; se não for assim, melhor ainda.
      Uma vez entendido que viver momento a momento é tudo o que significa religião, então você entenderá o porque de eu dizer em abandonar essa idéia de Deus, céu e inferno, e toda essa baboseira. Só precisa abandonar isso completamente por causa disso, estando carregado com tantos conceitos você está sendo impedido de viver momento a momento. Viva a vida em uma unidade orgânica. Nenhum ato deveria ser parcial, você deveria estar inteiramente envolvido nisso.
      Uma estória Zen.
      Um rei muito curioso, querendo saber sobre o que essas pessoas fazem em um mosteiro, perguntou, "Quem era o Mestre mais famoso?"
      Descobrindo que o Mestre mais famoso daqueles tempos era Nan-in, ele foi ao mosteiro dele. Quando ele entrou no mosteiro ele encontrou um lenhador. Ele o perguntou, "O mosteiro é grande, onde eu encontro Mestre Nan-in?"
      O homem fechou os olhos e pensou por alguns instantes, e ele disse, "Agora você não conseguirá encontrá-lo."
      O rei disse, "Por que eu não conseguirei encontrá-lo agora? Você sabe que eu sou o imperador?"
      Ele disse, "Isso é irrelevante. Quem quer que você seja, isso é problema seu, mas eu lhe garanto que você não conseguirá encontrá-lo agora."
      "Ele saiu?" perguntou o rei.
      "Não, ele está ai," respondeu o lenhador.
      O rei disse, "Mas ele está trabalhando, está em alguma cerimônia, ou em isolamento? Qual é o problema?
      O homem disse, "Ele está agora cortando lenha na sua frente. E quando eu estou cortando lenha, eu sou só um lenhador. Agora, onde está Mestre Nan-in? Eu sou só um lenhador. Você terá que esperar."
      O imperador pensou, "Esse homem é maluco, simplesmente maluco. Mestre Nan-in cortando lenha?
      Ele foi em frente, e deixou o lenhador para trás. Nan-in continuou cortando madeira. O inverno estava chegando,e precisava-se estocar lenha. O imperador poderia esperar, mas o inverno não esperaria. O imperador esperou por uma hora, duas horas - e então pela porta dos fundos veio Mestre Nan-in, em seu traje de Mestre. O rei olhou para ele. E ele se parecia com o lenhador, mas o rei curvou-se.
      O Mestre sentou-se, e perguntou, "Por que você dificultou tanto a sua vinda até aqui?"
      O rei disse, "Tem muitas coisas, mas deixarei as perguntas para depois. Primeiro eu quero saber: você é o mesmo homem que estava cortando lenha?"
      Ele disse, "Agora eu sou Mestre Nan-in. Eu não sou o mesmo homem; tudo se transformou. Agora eu estou aqui sentado como Mestre Nan-in. E você pergunte como um discípulo, com humildade, receptividade. Sim, um homem muito, muito parecido comigo estava cortando lenha, mas aquele era o lenhador. O nome dele também é Nan-in."
      O rei ficou tão intrigado que foi embora sem perguntar o que ele tinha vindo perguntar. Quando ele voltou para a corte, seus assessores perguntaram o que tinha acontecido.
      Ele disse, "O que aconteceu é melhor ser esquecido. Esse Mestre Nan-in parece ser absolutamente insano! Ele estava cortando lenha e disse, ‘Eu sou o lenhador e Mestre Nan-in não está disponível no momento.’ Então o mesmo homem veio em trajes de Mestre e eu o perguntei, e ele disse, ‘Um homem parecido estava cortando lenha, mas ele era o lenhador; Eu sou o Mestre.”
      Um dos homens da corte disse, "Você perdeu o ponto do que ele estava tentando lhe dizer - que quando ele corta lenha ele está totalmente envolvido nisso. Nada é deixado que possa ser parte de Mestre Nan-in; nada é deixado, ele é apenas um lenhador." E na linguagem Zen, que é difícil de se traduzir, ele não dizia exatamente que "Eu sou um lenhador", ele dizia, "Agora a lenha esta sendo cortada não um lenhador porque não há nem mesmo espaço para o lenhador." É simplesmente lenha sendo cortada, e ele está tão envolvido nisso, que é só lenha sendo cortada: o corte da lenha está acontecendo. E quando ele vem como Mestre, claro, é em uma qualidade diferente. As mesmas partes estão agora num diferente acordo.
      Assim, em cada ação você é uma pessoa diferente, se você envolve-se totalmente nisso. Buddha costumava dizer, "É como a chama de uma vela que parece ser a mesma, mas nunca é a mesma nem sequer por dois momentos consecutivos. A chama está continuamente se tornando fumaça, e nova chama está surgindo. A velha chama está indo, a nova chama está chegando. A vela que você acendeu a noite não é a mesma vela que você assoprará pela manhã. Esta não é a mesma chama que havia começado; aquela já se foi, ninguém sabe para onde. É apenas a semelhança da chama que lhe deu a ilusão de que esta é a mesma chama."
      O mesmo acontece com o seu ser. É uma chama. É um fogo. A cada momento o seu ser está mudando, e se você se envolver totalmente em qualquer ação você verá como a mudança acontece em você - cada momento um novo ser, e um novo mundo, e uma nova experiência. Tudo de repente se torna tão cheio de novidade que você nunca vê a mesma coisa duas vezes.
      Então, naturalmente, a vida se torna um mistério contínuo, uma surpresa contínua. Em cada passo um novo mundo se abre, de tremendo significado, de um êxtase incrível. E quando a morte chega, a morte também não é vista com algo separado da vida. É parte da vida, não um fim da vida. É exatamente como os outros acontecimentos: o amor aconteceu, o nascimento aconteceu. Você era uma criança, e então sua infância desapareceu; você se tornou jovem, e então sua juventude desapareceu; você se tornou velho, e então a velhice desapareceu - quantas coisa já aconteceram! Por que você não permite que a morte também aconteça assim como os outros incidentes? E, na verdade, a pessoa que viveu a vida momento a momento, vive a morte também, e descobre que todos os momentos da vida podem ser postos de um lado e que o momento da morte pode ser posto do outro lado, e ainda assim pesa mais. Em todos os sentidos pesa mais porque é a vida toda condensada; e algo a mais é adicionado à ela, o qual nunca foi disponível a você. Uma nova porta se abre, com toda a vida condensada: uma nova dimensão se abre.
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       OSHO - From Ignorance to Innocence - Capítulo n° 23 pergunta n° 1
       Tradução: Issa Maluf
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